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Papo de Loki

Gosto de festas, mas tem muita gente que pira nelas, inclusive nas de final de ano. E não estou falando do fato de se comprar muitas coisas, do consumismo e outros clicheirismos que falam sobre as mesmas festas, afinal consumista todos são um pouco, não há como escapar disso socialmente. Também não incluo a piração em relação às festas com parentes, porque  sobre isso, bem...  comentários são dispensáveis, mas...



Há pessoas que piram, acham que precisam se esturricar de comer e ficar com uma barriga horrorosa do tamanho de um óvni, porque parece que o mundo vai acabar se elas não comerem tudo em um dia. Criticam que o outro às vezes não tem um prato de comida, enquanto elas comem um peru inteiro - sei lá em quantas posições.

Alguns acreditam demais em crendices interioranas, de deixar água, farofa embaixo da porta para atrair sorte, alguns procuram uma cartomante, na ilusão de ouvirem que a vida vai ser mais original no ano seguinte, “talvez você fique rico, talvez você encontre uma paixão e sua saúde fique boa e talvez tenha inveja e encostos no seu caminho, mas você terá coragem pra enfrentar tudo isso...”. 

O que mais tentam...Mudar a cor da calcinha e da cueca no final do ano? Como acabei de escutar no local em que estou? O que mais falta inventar, oferenda para Michael Jackson? Eu hein, sei lá...


- Só a lingerie? Não vai levar nenhuma calcinha pra virada do ano? 


- Não, obrigada.

- Olha,cuidado hein? Você está levando um conjunto que por mais que seja bonito é preto, vai que seu ano dá zebra...

-Bom, se isso fosse verdade, pra dar zebra eu deveria levar aquele ali, listradinho, não acha?

- Sim, mas você poderia levar outro mais claro.

- Moça, se isso é pra vender mais coisas não pretendo realmente comprar  outras, mas se isso é uma preocupação fica tranquila: eu não vou passar a virada do ano de calcinha preta, porque nem de forró eu gosto...

- Troca por uma cor mais clarinha, pelo menos.

- Mas não tem fundamento e não quero.

- Mas... tanta gente acredita!

- Não necessariamente... Eu não acredito muito nessas crendices, folclóricas demais pro meu gosto...


- Hum... Mas ah sei lá, é uma questão cultural...


-Cultural?  Eu posso te fazer uma pergunta já que insiste tanto no assunto?

- Claro, pode sim.

- O mundo tem em torno de seis bilhões de pessoas, acho que até já ultrapassou, não é?

- Sim.

- Por conta disso, ele não gira em torno de nós mesmos, certo?

- É, pensando bem...

- E você acha mesmo que a sorte, caso ela exista, está mesmo impactada na cor do que você usa ou deixa de usar na sua britney na virada do ano?

- Não, mas não é bem assim também... Ta, não tem tanto fundamento mesmo.

- Pois então... se isso fosse realmente verdade, seria muito mais prático todas as pessoas do mundo ficarem sem cueca e calcinha do que ter essa crise toda. Muito mais Woodstock, “sustentável”, isso anda tão na moda...


-...,...,..., é débito?

- Sim.

-Digite a senha.

- Pronto.

- Quer sua via?

- Não. Feliz ano novo.

- Pra você também.


Acho mesmo que tudo isso de espalhar o discurso da cor da roupa íntima  no ano novo não passa de cafonice. 

De nada adianta se colorir com roupas, se as atitudes e desejos sempre tiverem  as mesmas cores.

Talvez as melhores delas estejam nas nossas mudanças. O resto é papo de loki.



K.C

Dizeres Fabulosos



- O problema não é você, sou eu.

- Eu amo você, mas não sei o que isso quer dizer...

 - Mulher é um bicho complicado...

 - Depressão é frescura, vai trabalhar.

- Psicoterapia? Bobagem. Bebe que passa.

- Cada um tem aquilo que merece.

- Deixa a vida me levar...

 - “Vai lá, Claudia...”

 - Homem é tudo igual.

-“ Zica, vai lá”...

  -Você tem que ser mais proativo dentro da empresa!

- Cadê a tua força de vontade?

  - Silas é um homem de Deus.

- "O ser humano já nasce bom, mas é corrompido pela sociedade."

- Essa tristeza ai é TPM...

- E além de trabalhar com arte, no que você trabalha?

- Você só faz mestrado? Não trabalha em nada?

- Sua inveja é o combustível do meu sucesso.

- Esse negócio de esquerda e direita , hoje em dia não existe...

 - Calma, a gente ainda vai conseguir ser a sociedade alternativa.

 - Do que adianta ser bonita por fora e feia por dentro?

 - O internetez está acabando com a língua portuguesa!

- No meu tempo, as coisas eram muito melhores...

-Você já ouviu o novo disco do Marcelo Camelo?









Estes dizeres são tão fabulosos de se ouvir que o silêncio é o melhor tapa  na cara a se  proferir. 

O tapa é o cala a boca que não se profere. 


O silêncio é a indiferença que se profere. 

Às vezes, um tapa vale mais que mil palavras. 


K.C

Análise Combinatória



John Lennon e Paul McCartney

Simone Beauvoir e Paul Sartre

Johnny Deep e Tim Burton

Unhas e esmaltes vermelhos

Boemia e Baixa Augusta

Espelho e máscara

Pipoca e cinema

Café e leite

Arroz e feijão

Lábios e batom vermelho   

Poder e repressão


Covardia e bunda-mole

Redes sociais e fofoqueiros

Gente brega e pochete

Gente lesa e gente lesa

Piriguete e sandália de plástico

Amor e ódio

Beijo e língua

Sexo e sacanagem

Romeu e Julieta

Jack e Rose

 Capitu e Bentinho



 Palco e luzes

Rock and roll e barulho

Música e movimento

Leitura e imaginação

                                                    Paz e silêncio







Combinações sempre tem uma história, um quê, que ruim ou bom, calha a dar certo. Algumas delas são contrárias, outras são bonitas, inesquecíveis, outras indesejáveis, horríveis e outras que simplesmente se merecem.  



A gente nunca para pra pensar porque combinações existem, talvez porque  elas devem existir pra isso: 


Para que não se deixe de caminhar, para que se crie uma própria elegância ou se assuma em uma breguisse de vez. Para que o ridículo exista. Para que realidades se recriem. Para que o caos alerte cuidado e o desejo permaneça entre as belas coisas.



K.C

Nove Coisas Pra Se Pensar No Metrô




O que os pequenos pontinhos desejam, às seis da tarde, quando as portas abrem?

Correr, empurrar e sentar, antes que a última reencarnação do diabo apareça...


O que todo mundo usa?

Drogas  lícitas,sem dúvida. Alguns ainda ilícitas, outros usam pessoas, o que é muito pior...



O que todo mundo já fez rapidamente?


Ouvir a conversa do outro e olhar para a bunda alheia...



O que todo mundo tem?


Bunda, cutículas, olheiras, raiva, carência, medos, desejos, um celular pré-pago e na maioria das vezes sem crédito...


O que quase todo mundo tem?


Facebook, fone de ouvido, "Cinquenta Tons De Cinza", complexos...


O que todo mundo já teve?



Tesão, fossas, dores de barriga, gripe, edema, insônia, paranoias, atrasos...

O que todo mundo é?


Mentiroso...


Do que todo mundo sofre?


Caos, paixões, rapidez...



O que todo mundo quer?

Chegar à alguma Estação? Talvez. Mas quem sabe um dia, algum gênio encontre essa incrível resposta e a gente dance um tango pra ser menos igual numa esquina qualquer...






K.C 

Noite Travestida

Noite Fria. Garoa forte. Relâmpagos no céu que preparavam a vinda do temporal. Mas  eu preciso de um cappuccino – pensava.



A essa hora?  Tudo bem que a loja de conveniência é logo ali, mas está tarde. Eu vou.  Não, não vou, compro amanhã, deixa de ser gulosa. Sua viciada em cafeína. Vai se tratar. Mas já coloquei as botas, ta eu vou. Não vou. Não , não vou nessa garoa... Ta, eu vou.

Na loja, nada mais que uma típica loja de conveniência poderia oferecer. Congelados, petiscos, as famosas besteiras e a máquina de fazer café que eu tanto procurava... Um casal de meia idade, com pinta de que haviam acabado de sair do teatro ou coisa parecida. Um cara que não chegava a ter semblante de loki, mas parecia ser misterioso, lendo um livro....

Uma atendente de cabeça baixa, semblante blasé, com cara de quem não transava há meses. Seus olhos diziam que ela estava odiando trabalhar ali, numa noite fria. Era uma mulher que parecia estar somente travestida em um uniforme, no fundo, ela estava gritando...

Parei de divagar. Queria meu cappuccino e ir pra casa.  O dia tinha sido agitado, difícil,  reflexivo. Trabalho, faculdade,  roupas velhas doadas a um brechó, conversas sobre relações de amizade e amores que simplesmente tiveram o seu fim...

Por que que a vida passa tão rápido, a gente muda  as relações,  os conceitos, as ideologias, e nem se dá conta disso? Tão óbvio pensar isso. A gente muda porque a vida está em movimento, mas por que caminhos tão tortos e rápidos? Como tanta gente passa pela vida, assim, num clique? Não conseguia tirar isso da cabeça.



Segui a avenida que era caminho do prédio. O cara misterioso me seguiu. Fo-de-u. Ative o 190. Corra. Grite "Socorro!". Consegui chegar até a porta do prédio, e senti uma mão pesada no meu ombro, virei assustada, olhando pra cara do maluco. Ele olhou nos meus olhos e disse:

- A vida tem muitos caminhos. Ela sabe de  todas as coisas, o que poderá  ser e o que não poderá ser um dia.

- Quem é você? Qual seu nome? De onde você veio?

- Só vim dizer isso. Boa sorte, moça.

Eu hein, cara esquisito, nem me conhece... Subi as escadas do prédio pensando. Não sou religiosa. Não gosto da palavra religião. Ela afasta as pessoas,oprime, cega, pode até chegar a matar em alguns continentes e as pessoas dizem que é em nome do seu Deus,  quando na verdade são os seus egos violentos.  




Religião é um mal estar na civilização. Mas por incrível que pareça, tenho crença em um Deus. Há algo invisível que transcende o mundo. Uma espécie de força superior. Quem tem algum tipo de fé, mas não gosta de religião, nunca sabe explicar essas coisas direito. Só sente que existe.

Quem era aquele cara?  Pode ter sido Deus. Deus? Sim, Deus. Às vezes, acho que Ele gosta de ser sacana, assim. 

Deus deve se travestir de pessoas, só pra dizer uma frase travestida de coisas que nem sempre é o que se procura, mas  é preciso escutar.





E  ainda há religiosos por ai que dizem que Ele não gosta de quem se traveste... Será? 



K.C

O Desfecho




O dia parece aberto, mas está tudo fechado. Olho pra rua e só vejo sinais fechados. Corpos fechados. Conversas fechadas na sala de estar. Santo André fechada. Uma merda de transporte fechado. São Paulo fechada pra qualquer coisa nova. A internet está fechada para qualquer coisa nova. Viajar? Quem sabe, mas a droga do guichê estava fechado. Isso só  pode ser uma piada ou então devia ser só mais um fim de noite fechado, ou do mais puro azar... 

Sentei  em um dos nos banquinhos da rodoviária cheirando a Tietê. Gente lendo, correndo pra não perder o ônibus, solitárias com seu MP3, e eu observando tudo feito louca... Me dei conta de que não era o guichê, nem as cidades, nem ninguém,  fechada era eu... fechada pra balanço e nenhum pouco a fim de abrir a porta pra encontrar o óbvio.


- Que você ta fazendo aqui?

- Querendo viajar, sei lá. Quanto tempo, hein... Caramba!

- Pois é. Você sumiu...Vai viajar ainda?

- Não desisti da ideia, acho que não vai adiantar muito na minha chatice, e você?

- Eu  só vim trazer meus pais, eles estavam aqui de passagem. Quer um café?

- Quero.




Sabe aquelas pessoas que marcam sua vida por muito pouco. Por palavras, por uma atitude, ou pelas  duas coisas? Conversamos algumas horas, sobre coisas diversas, lembramos histórias engraçadas, como aquela que a gente se pegou no banheiro. Era uma viagem com amigos, numa casa de campo, todo mundo dormia... Ninguém viu. Ninguém soube... memórias.

Por um instante compartilhamos nossa falta de angustia, e chegamos à conclusão que esse era o problema. Estava tudo normal. E nada do que a gente fizesse naquele conversa deixaria de fazer parte da normalidade. Poderíamos ter saído, bebido, transado, sei lá... faz tempo que a gente não se via. Tínhamos intimidade, amizade, uma ex-paixão de colégio. Estava tarde e ambos irritados com o dia. Tudo a ver,  todos pensariam, mas...

- Vou te levar num lugar.

- Hummmm...

- É impressionante, você muda, cada hora ta de um jeito, mas suas piadas são sempre sexuais...

- Nem sempre, às vezes são taras também.

-  Brincadeira. Gosto do seu humor, chega a ser mal humorado, às vezes...

- Que pleonasmo...Ah, seu prédio? Legal, não é muito óbvio isso?

- Calma. Espera aqui.

Esperei na porta do apartamento.  Ele voltou com o celular carregado de músicas um tanto excêntricas. Não entendi nada.  

-Sobe. E fica de olho na escada pra não cair...


Fiz o sinal da cruz , subimos as escadas de serviço e estávamos no alto do prédio. Vimos o movimento das ruas, dos prédios em volta. O vento batendo no rosto. Era triste saber que no fundo somos apenas pontinhos vagando por ai, no meio de tantos prédios, holofotes. Mas era bonito ver as luzes dos mesmos e o céu estrelado. Bonito, simplesmente bonito.



- Bonito, diferente e melancólico, eu diria. Acho que isso foi a melhor parte do meu dia.

- Ta faltando a ópera...- lembrou, ligando o MP3 do celular.

- Ópera?

- É, eu li alguma coisa sua, você escrevendo  algum lance de ouvir ópera no telhado pra ficar mais calma,  fiquei com aquela ideia na cabeça. Disse pra mim mesmo que ia fazer um dia.

- Eu escrevi isso , em um momento de estresse... legal você ter lido.

- Sempre leio. Mas eu te vi e deu vontade de fazer isso: ouvir ópera no telhado com você.

- Literalmente um telhado,  a gente ta no alto de um prédio de...

- Quatorze andares... Engraçado, a gente parece um pedaço daqui de cima, né...

- Sim. As coisas parecem pedaços...



E foi ali, no alto de um telhado, que me dei conta que um pequeno pedaço de mundo pode fazer um grande desfecho.






K.C

Antes Que Acabe





Apartamento. Segundo andar. Silêncio. Interfone, telefone, internet, e vizinhos, incrivelmente opacos. Céu cinza. Música. Chuva. Pijama. Que paz! Senti uma paz estranha que não sentia, há um tempo. 

Acho que toda paz é estranha. E toda discussão sobre o que é paz também é estranha, controversa, cultural. E ainda assim, não se pode eliminar a responsabilidade da culpa do que é sentir paz em um mundo caótico.

Dá até superioridade sentir paz, na caoticidade. É filho da puta sentir paz. É o mesmo que ter um "Ai" enquanto todos trabalham. Ser gordo e feliz num SPA, ser capitalista em Cuba. Ter a última Edição rara de Assis... 




Paz é um contra-caminho. Nasceu para ser controversa e ser vivida em um gosto-desgosto. Sempre desconfio que ela não gosta de Réveillon, ao menos, se eu fosse ela, odiaria ser aclamada hipocritamente pelo mundo, antes dos dez segundos. 

Respiro. Sinto-a. Curto-a. E do resto, procuro esquecer. Porque paz é um arem momentâneo e não sei quando vou senti-lo novamente. Logo, é melhor esquecer a culpa, antes que o interfone toque, o síndico apareça e a musiqueta do gás de Beethoven aconteça.  




K.C

Essa Coisinha dos Diabos




Os poetas vivem dizendo a dor, a saudade...

Esta, de beleza, nada tem.

É pior que não ter com quem conversar num dia só. 

É pior que chorar, é conter o verbo dentro de si estranhamente.

Pior que a ansiedade de não ter alguém que se sabe que existe.

Pior que pensar em valores, morais, ética.

Pior que irritação, filas, contas pra pagar...

Pior que um mal humor...um beijo não dado...uma broxada...

Um baita calor filho da puta...

Pior que um amor não concretizado, uma briga, um tapa na cara...

De tudo isto, a natureza do tempo se encarrega de esvaziar, na maluquice da sua pressa...

A saudade, não.

K.C

24 horas


É dia, o sol ecoa, carros buzinam, pessoas passam e eu tenho pressa 

É tarde, o vento ecoa, pessoas reclamam, telefonam, o email não chega e eu tenho pressa

É noite, a garoa ecoa, com o transito, pessoas se xingam e eu tenho pressa

É madrugada, a chuva cessa, luzes ligadas, carros ainda passam, poucas pessoas reclamam, é hora de dormir, a cidade não para e eu...continuo a ter pressa...

( produzido numa aula da faculdade, sob pressão...)

K.C

Quase Igual



A madrugada. A conversa. A bebida.O maldito despertador. As olheiras. A escova. A roupa. O café. O Atraso.O barulho. O bendito do ¨ vizinho. A preguiça. O trânsito. O almoço. A aula. O trabalho. A correria. O jantar. A insônia. O despertar.

A madrugada... a conversa... o maldito despertador... as olheiras...a escova... a roupa... o café...o atraso...o barulho...o santo do ¨ vizinho... a preguiça...o trânsito...o almoço... a aula... o trabalho... a correria...o jantar... a insônia... o despertar...

A madrugada, a conversa, a bebida, o maldito despertador, as olheiras, a escova, a roupa, o café, o atraso, o barulho, o infeliz do ¨ vizinho, a preguiça, o trânsito, o almoço, a aula, o trabalho, a correria, o jantar, a insônia, o despertar,

A madrugada! A conversa! A bebida! O maldito despertador! As olheiras! A escova! A roupa! O café! O atraso! O barulho! O idiota do ¨ vizinho! A preguiça! O trânsito! O almoço! A aula! O trabalho! A correria! O jantar! A insônia! O despertar!

A madrugada a conversa a bebida o maldito despertador as olheiras a escova a roupa o café o atraso o barulho o imbecil do ¨ vizinho a preguiça o trânsito o almoço a aula o trabalho a correira o jantar a insônia o despertar

AmadrugadaaconversaabebidaomalditododespertadorasolheirasaescovaaroupaocaféoatrasoobarulhooFDPdoberrantedovizinhoapreguiçaotrânsitooalmoçoaaulaotrabalhoacorreiraojantarainsôniaodespertar

Pior que tudo isso é passar o domingo assistindo "Déjà Vu" e acordar na segunda com um berrante do vizinho, às seis da manhã...só pra assitir uma aula de fonética...



K.C