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A Consulta

- Bom dia.

- Bom dia. Como vai?

- Correndo, mas bem. Acho que  nós mulheres corremos tanto em diversos aspectos, no emocional, na vida, na carreira, que o Dia da Mulher na verdade são todos os outros, não 8 de março...

- Entendível e concordável... Então, qual o motivo da sua consulta?

 - Eu tive um pesadelo estranho...

- É?

-  É. Eu sonhei que eu estava em uma rua lotada de gente marchando...

- ... 

- ... tipo aquelas marchas que aconteciam no período da Ditadura, bem assustadoras.




- O que mais nesse pesadelo assustou você ?

- ... que as pessoas pediram a volta dos militares! Nossa, foi muito estranho mesmo. Ai depois eu subi as escadas do prédio correndo, liguei a TV e vi umas notícias mais esquisitas ainda. 

- Como o quê?

-  Noticiaram uma pesquisa que as mulheres provocam o estupro por conta do jeito que elas se vestem... Ai teve uma outra notícia que policiais arrastaram uma mulher no carro da polícia, coisas do gênero, bem escrotais. E eu também estava diferente fisicamente!

-  Hum... coisas estranhas ...  você... diferente? Fale mais sobre isso...

-  Eu estava com a mesma idade que estou hoje, jovem e tudo mais, só que ... bem eu não sei como dizer isso direito a um psicanalista, sabe...

-  Isso é seu espaço, não deve ter vergonha de dizer o que sente...

 -... eu olhei no espelho e  os meus  peitos estavam de tamanhos diferentes... mutantes... sou meio vaidosa, me assustei...

- ... !
          
- Sim. No pesadelo, o meu peito esquerdo estava uma coisa estranha de se explicar, feito crise na Ucrânia...


 -  Realmente, é muita informação para uma pessoa só.




- Ai acordei chorando, assustada com tudo, mas depois levantei, olhei no espelho e vi que os peitos estavam lá certinhos, no lugar deles. Já o resto do meu pesadelo, eu não conferi...

- ...

- Mas passou, esses sonhos são engraçados... até parece acontecer toda essa desgraça em um período só, que imaginação a minha... ai, ai...

- Sinto muito dizer, mas isso é a mais pura realidade.

- Os meus peitos?

- Não! A marcha, as notícias... Não foi um pesadelo, a gente está vivendo tudo isso...

- Como assim!  Foi uma visão?

- Não necessariamente. Talvez sua psique tenha trabalhando um pouco mais a noite...

-  Estou confusa. O que aconteceu de fato ? O mundo caiu? Meu peito caiu? Caiu tudo junto?

- Com todo respeito: os seus peitos ainda estão bem em pés, mas a cabeça de boa parte da população, não.





K.C

Comédia Letal



É inevitável. Essas mortes repentinas no mundo do rock, da cultura pop, ou de qualquer pessoa próxima, que, de algum modo existe identificação, sempre deixa a gente meio reflexivo sobre a morte.


Tem mortes que são bizarras, outras inevitáveis e outras que, provocadas ou não, não deveriam ser vistas com julgamento ou idolatria, pois são escolhas individuais.







A morte causa medo. A morte, como notícia, vende. Uma morte repentina chama mais atenção que um homem dançando o tcha tcha tcha de cueca em praça pública... E é difícil não pensar nela, em algum momento.



A morte assusta, e ao mesmo tempo nos faz enxergar uma realidade um tanto depressiva, que não importa se a pessoa é jovem ou não, se ela é famosa ou não, se é pobre ou rica: ela morre. Às vezes de doenças, de overdose, de amor,  com  um tiro na cabeça, na boca, atravessando a rua, em um acidente, ou até mesmo tendo um orgasmo - pesquise as manchetes,  porque sim, existe.


Essa atenção é posta pra gente de várias maneiras, porque além de haver no ser humano um interesse em uma desgraça, não se sabe o que será encontrado depois da morte. Não importa no que se crê, aliás, opções no que se acreditar e perguntas sem retóricas sobre isso não faltam...




O que é mais ridículo? Viver, calcular uma vida e fazer várias coisas, pra no fim se chegar a um único resultado preciso: morrer? Ou antecipar a morte por que bem no fundo, há a consciência de que não se chegará a lugar nenhum fazendo todas essas coisas?

Há um mundo após a morte? E se existe, qual mundo? O mundo dos espíritos  politicamente incorretos, meio Hugo Chávez? O mundo dos atormentados alternativos meio Alá Raul? O purgatório papal? O céu de Calcutá? a Babilônia de Nabucodonosor? - que nome mais... horroroso, me desculpe se é o seu, caso esteja lendo. O paraíso de Kardec?  O inferno de Lúcifer? Também, mas muitos já tem a leve impressão de estar no inferno...

São tantas perguntas...


Não sei  sobre você. Deve haver algo no outro lado da vida, mas acho que puxei um lado meio paulistano até para morrer,  porque não aguentaria ficar em um lugar, vendo lagos e cachoeiras, sentindo a natureza, como os personagens ficam nos filmes relacionados à Chico Xavier... Não, não, que tédio. Sairia correndo. Meu espírito é ansioso demais pra isso.

O Marquês de Sade dizia que “O melhor meio de se familiarizar com a morte é ligá-la a uma ideia libertina.”.  Faz sentido, já que será impossível escapar disso ou então,  talvez faça algum sentido vagar nessa lógica, caso alguém queira voltar pra acertar as contas com outro alguém, porque o morto não precisa ter pudor, tampouco reprimir suas vontades,  logo  nada impede de ele ser um libertino. 

O fato é que um dia, o corpo acaba. Eu sei, isso assusta. Também assusta uma jovem cheia de ideias na cuca e no futuro, como eu. Não pense que foi fácil refletir essa crônica- aliás, nunca é fácil escrever.






Se no viver, tudo é incerto e se morrer é certo...então...

....Viver é ridículo. Morrer também é ridículo. São as duas casualidades ridículas do tempo no qual estamos sujeitos. Na dúvida, melhor tentar a possibilidade de valer a pena o primeiro verbo da comédia.


K.C

Essa Tal Portabilidade




Melhor sentar, porque...


Você vai cair pra trás quando eu te contar!


Pois é, parece que...

Sabe da última?

Ai, olha o babado...

Jura?

Soube que...

Segundo Kant...

A cerca das perspectivas econômicas, afirmo que...

Eu li na Veja...

Sério?

Li no Twitter...

Acabaram de postar no Facebook!

Nossa!

É... tem uma história esquisita ai...

Mentira!

Não acredito!

O Botelho acabou de me contar e falaram pra ele que foi assim mesmo...

Ainda não sabe dessa?

Conta! Conta!

Tô passada...

Nem quero saber, tenho raiva de quem sabe! Mas, conta, vai?

No fundo, detesto essas coisas mas... é verdade?!

Não brinca?!


Independente do século. Seja advogado, gay, lésbica, simpatizante, hetero,  jornalista, pesquisador, faxineira, professora, filósofo, analfabeto, estudante , astronauta...Seja claro ou seja confuso. Seja vivo ou seja morto,  já somos constituídos de uma operadora que possui a liberdade de poder levar não somente o número, mas outras informações também, sem pagar quase nada!

Portabilidade? Bemé o que andam falando...






K.C

O Gigante Se Desesperou?

Eu ainda estou tentando entender de forma crítica o que está acontecendo, todas as manifestações, os protestos,  logo não vou fazer afirmações críticas sobre o que estes me parecem ideologicamente,  por enquanto, mas... 

Alguns protestos , pelo que percebo, tem sido feitos sem estratégias, sem senso crítico e de uma forma tão infantil: uns gritam "Fora Dilma", outros clamam pelos militares, outra parte canta o Hino do Brasil, alguns nem sabem porque estão ali; outros até sabem, mas querem tudo e querem agora, outros nem ligavam tanto pra política, mas viraram marxistas da noite pro dia. 


As manifestações demoraram tanto para ocorrer no Brasil que ocasionaram  um desespero em comum, nem todo mundo sabe para onde vai e para o que protesta. 


Sabe o que parece?  Uma velha virgem que nunca viu um cara pelado na vida, e quando vê o gigante, está tão desesperada que pede para que ele faça todas as posições possíveis...






O Gigante acordou ou se desesperou?



K.C

O Bloco Dos Desesperados


Carnaval é uma festa desesperadora. Andei lendo cronistas e blogueiros que gosto durante esses dias, falando da folia, bem, mal,  nada contra, mas discordo. Carnaval é desespero. Não leve para o fanatismo religioso, moral ou gosto musical, não. Música, além da técnica, é movimento, discurso, instinto, tudo isso. Quando os três não batem com o modo de vida de alguém, não adianta fazê-lo gostar de certo estilo. É o mesmo que me fazer parar de gostar de Amy Winehouse e me convidar pra dançar um baião... No,no,no. Nada contra quem gosta, simplesmente, não dá.

Os estilos musicais e de vida não vão acabar porque outro não concorda. Não... não é por causa do samba, da batucada, eu acho a festa desesperadora pela falsa euforia que vemos nos sorrisos das pessoas e nos olhos delas não, pelo suor nojento e outros odores desnecessários comentar que se espalham nas ruas, o desespero que existe de pular e beber dias seguidos, esse cinismo de que sexo só existe no carnaval com as propagandas de “vista-se” das prefeituras, órgãos públicos, ONGs, e afins.

Então, é isso? As pessoas só transam quando ouvem a maravilhosa voz da Claudia Leitte na Bahia? Ou quando gritam no sambódromo:
-  Vai-vai.
- Porque você está gritando isso? Tá na torcida? – alguém pergunta.
- Ah, não, foram os batuques da Mangueira...  – alguém responde...



De certo, é um marketing, mas devo admitir que  este em relação ao sexo é burro. Como só se transasse no carnaval e no resto do ano, todos fossem castos e não precisassem de proteção, e os jovens não precisassem de uma política de informação mais frequente.  

Chamam tudo o que abrange o carnaval de folia, alegria, mas tudo isso é tão relativo. Quem nunca saiu em um final de semana com amigos pra beber,  dançar,  algumas vezes enlouquecer? Quem nunca foi ou foi chamado pra alguma festa a fantasia? E quem não se sente bem em uma festa? Quem não se fantasia para ir ao trabalho? Quanto ao sexo... bem, todo mundo quer transar, em qualquer época do ano, só não se sabe alguns momentos da vida com que pessoa ou coisa - há quem tenha outros fetiches, por objetos, por exemplo... 




O carnaval deixa  a percepção interna de que o mundo vai acabar em quatro dias e se você não aderir à festa, você vai morrer – é meio malafaiótica  essa questão. Ao longo de muitos acontecimentos diários, a impressão que fica é que um dia  tudo acabará e nos desesperamos internamente. Há o desespero de morrer, de envelhecer, de ficar sozinho, o último o mais angustiante de todos.

A solidão leva as pessoas ao tédio, e o tédio leva as pessoas a fazer coisas sem sentido –  coisas de gente desesperada mesmo, sabe?-  e durante nossos dias ficamos na sombra dele. A gente é que não se conforma, e cria adornos pra não alimentá-lo ainda mais. E ai, nos vendem ideias, ideias de vencer do nada,  que todo mundo tem mais de duzentos amigos, que todo mundo é legal... e que a vida acontece sem lutarmos por nada...  

 "É só pensar positivo.”. “Viva e deixe viver!”.  “É importante curtir sem pensar no dia de amanhã!”. Quem nunca ouviu  alguma  frase parecida ? Ideias que vendem máscaras falsas de conforto,  anti-solidão e anti-tédio... Deve ser por isso que o carnaval sobrevive... entre blocos, dança-se para esconder a dor .

Nosso carnaval não tem fantasias, logo reafirmo: carnaval é desespero, um encontro de solidões. Não é apenas herança cultural ou marketing, é a falsa impressão que estar em massa traz, de que não se está sozinho.

As fantasias acabaram, mas as máscaras sobreviveram - com ou sem renúncia do papa.




K.C



Like A Rolling Stone





Infelizmente, o mundo não acabou em 2012. Ah, que peninha, sempre achei que deveria, depois da retrospectiva do Facebook e depois que, no último post do ano, a Kelly resolveu não encarnar nenhum personagem a não ser ela mesma. 

As pessoas andam reclamando por ai da tal retrospectiva no Face, e também da mania que a  grande rede social criou de perguntar como vão as pessoas, como elas se sentem , etc. Não acho isso um saco,  como também ouvi  e li no feed de notícias ,  não mesmo, o Facebook nada mais é que um reflexo da vaidade das pessoas- fica tranquilo, também me incluo nessa parte. É um reflexo também de egocentrismo e cabeça vazia de outras. 

O  que elas mais postam?  amiguismos, como foi o dia, pseudo reflexões político-filosóficas - existe tanto homem feminista por ai e  eu nem sabia...-  pra meia dúzia de pessoas, imagens de elfos sem sentido, demonstrações colegiais de afeto nos perfis dos respectivos companheiros, ficantes e/ou namorados,  óbvio que uma empresa como o Facebook tentaria atingi-las, de algum jeito, se não, não seria uma rede lucrativa.


Em relação à retrospectiva, também no Face, eu concordo com as pessoas que reclamaram, qualé?  Aliás, sou contra qualquer tipo de retrospectiva. E se, de repente ,  eu não quero lembrar dos meus principais momentos anuais, por mais bacanas que eles tenham sido? São  passados. Passados não se apagam, e nem sempre precisam ser relembrados,  porque eles vivem no nosso oculto. Durante um ano acontece muita coisa. Não digo tropeços e fracassos, conquistas e etc: acontecem coisas, coisinhas, coisonas, grandes coisas, ou apenas muitas coisas que coisam.

Falar em tropeços, fracassos e vitórias  anuais é  auto-ajudador demais e se é isso que você precisava ler, adeus, entrou no blog errado, o pequenos deleites não acredita nisso. Às vezes o seu ano foi bacana, às vezes foi um saco, mas como esconderijo para não  entender que foi ruim e ponto costumam dizer “ foi um ano de muitos tropeços, mas eu levantei, regozijei e aprendi.”. 

Não acredito que a vida é feita de fracassos, que aprendemos com eles,  tropeços e que uma hora dá pra se reerguer, isso é muito pouco para chamar de vida. Resumir a vida a fracassar e se reerguer, ou em balanceamentos anuais, além de uma grande bobagem cafona, é  um papo de auto-ajuda pra anestesiar nossas próprias tentativas e consequências que há na vida, como se fossemos bem resolvidos, e se assim fossemos dignos de ser chamados, muitas coisas não seriam esquizofrênicas como vemos no cotidiano e amar não seria uma dúvida aos nossos olhos.

Na vida, tentam-se coisas. Algumas dão certo, outras dão errado e todo ano é assim. O que muda não é o aprendizado, o que muda são as formas de como se tenta e já que isso é um grande vácuo, nunca se sabe o que irá acontecer...


Você pode tentar construir uma casa anos e ela demolir no dia seguinte. Pode experimentar um alucinógeno e não achar tão engraçado assim. Pode experimentar, e, de repente, achar legal. Pode encontrar um grande amor num aeroporto, e ele simplesmente ter ido embora depois de uma noite. Pode tentar ser cristão e não ver a mínima “graça” nisso. Pode tentar ser, e  encontrar um Deus. 

Pode tentar defender alguém no meio de uma briga, e ganhar um grande amigo ou, de repente, tomar um tiro. Pode ficar milionário, gastar tudo numa noite, perder tudo...Pode fazer amigos uns meses e eles partirem para outros, depois. Pode tentar dizer o quanto você gosta de uma pessoa e não encontrar um jeito, acho que isso é o que mais acontece...Pode tentar N vírgulas e encontrar muitas outras, afinal  esse é um dos sentidos da linguagem.


Isso não acontece por motivação, força, superioridade humana,  “capacidade que temos de lutar”, nada disso. A vida está em movimento e não podemos controlá-la. O que se faz nela é tentar procurar e procurar tentar, “ like a rolling stone”, como canta aquele senhorzinho que já está bem caquético, como é o nome dele mesmo? Ah Bob Dylan, grande Bob Dylan...

Tentar é sinal de que simplesmente se viveu e vivemos nos limites da vontade de sermos nós mesmos.





Um feliz ano novo cheio de sexo e sem auto-ajuda para QUASE todos.


K.C

As Mentiras Que O Povo Conta





“Xi, quebrou o espelho? Sete anos de azar.”.

“Deus ajuda quem cedo madruga...”.

“Três beijinhos no rosto pra você casar.”.

“Já sabe fazer cafezinho? Então, já pode casar.”.

“Você sabia que você se parece muito com a minha mãe?” 

“Trinta anos! E ainda não casou? Encalhou.".

“Sorria você está sendo filmado.”.

“Quebrou a vidraça do vizinho? Azar! Na certa!”.

“Compre uma calcinha vermelha, e você encontrará um grande amor no próximo ano.”.





“São Longuinho, São Longuinho, se eu encontrar minha calcinha, eu dou três pulinhos...”.   

“Deus castiga criança mentirosa.”. 

 “Não passe em baixo da escada que dá azar.”.

“Branco é pureza, por isso é a cor da noiva...”. 

“Ai isola! Bate na madeira!”.

“Voto é secreto.”.

“A voz do povo é a voz de Deus.” .

“Os jovens são o futuro do Brasil.” .

“Deus escreve certo por linhas tortas.”.

“Isso pertence ao Diabo...”.






“O bicho papão vai te pegar.”.

“Roqueiro é tudo drogado.”.

“Está chorando? Não! É só um cisco no meu olho”.

“Votem no Pitta, e se ele não fizer um bom governo, nunca mais votem em mim...”.

"Você vai vencer!".

"Jesus te ama e eu também.".




“O dinheiro não traz felicidade.” .

“São Paulo é Paulo, porque Paulo é trabalhador.”.

“A justiça é cega.”.

 “A justiça tarda, mas não falha...”.

“Fui atacada pelo chupa cabra.”.

“Ontem vi o chupa cabra na TV.".

“Quem mente muito o nariz cresce.”.

“Independência ou morte.”.

“Eu não sei de nada.”.

"Eu sou feliz!". 

“É verdade, acredite.”.



K.C



                                                                                   
                                                                        

Morte e Vida, Severina!





Cazuza vivo:  gay, “rockeiro” e drogado
Cazuza morto: poeta

*
Michael Jackson vivo: esquisito, pedófilo
Michael Jackson morto: eterno rei do pop

*

Clodovil vivo: veado
Clodovil morto: autêntico

*

Amy Winehouse viva: demente, drogada
Amy Winehouse morta: a grande voz do soul contemporâneo

*
Hebe Camargo viva: “perua elitista”, falsa
Hebe Camargo morta: a diva da TV Brasileira

*
José de Alencar vivo: sombra do Lula, homem sem voz ativa
José de Alencar morto: um guerreiro que lutou pela vida

*

Vinicius de Moraes vivo: alcoólatra, burguês da bossa nova
Vinicius de Moraes morto: percursor da bossa nova, músico e poeta

*

Leila Lopes viva:“atriz de um papel só”, “piriguete”
Leila Lopes morta: atriz

                                      

- Ei, viu o que a Severina fez?
- Não soube, mas  vindo dela...
-  Era desconfiável, mas ela era boa pessoa...
- Sim, ela falava muito das pessoas, mas era com boa intenção.
                     
*




Quando as pessoas morrem, elas não viram boas, apenas viram alvos de eufemismos de vida, na boca da Severina...




K.C