No caos, um deleite


Recebi algumas mensagens in box no meu Facebook pessoal - que aliás, qualquer leitor pode adicionar ou seguir aqui, para eu escrever sobre os últimos acontecimentos políticos no Brasil e no mundo. Eu teria várias críticas a fazer sobre isso, mas muitas delas seriam extensões do que já está circulando por aí em palavras mais prolixas: o mundo está emburrecendo.

Costumo dizer que os retrocessos têm ocorrido tão rápido e sem fôlego que a impressão que eu tenho é que fui tirar um cochilo no almoço e depois de acordar à tarde, o capeta já tinha construído outro mundo.

Mas não vim falar desse lance baixo astral hoje, e sim de uma coisa que é muito importante pra mim e eu queria mostrar para vocês em primeira mão: a capa do meu livro de contos!!!


Vai sair pela Litteral, no primeiro semestre do ano que vem, por que ainda faltam uns detalhes pra resolver e eles não dependem só de mim, quem assina a capa é meu amigo e talentosíssimo ilustrador Gabriel Billy, que foi um dos meus maiores incentivadores pra voltar a escrever.

O Quasi di Verdadi é um livro de contos urbanos, propositalmente de bolso, feito para as pessoas carregarem ou fazer o download do e-book e ler no metrô. Eu tinha escrito há um tempinho e não tinha coragem de tirar da gaveta. 

Os motivos pareciam historinha de novela, sabe?

Primeiro, eu fiz esse livro especificamente para uma editora, onde os sócios eram ex-noivos. A ex-noiva tinha algo mal resolvido dentro dela e não gostava de publicar livros de mulheres na editora, com ciúmes de seu ex-editor-bofe, que não era um galã e nem galinha. 

Enfim, o livro não saiu, fiquei muito chateada com a falta de profissionalismo, ainda estava na faculdade e não sabia lidar com essas questões. Uns meses depois, eu quase desenvolvi uma doença meio séria: fibromialgia, uma doença que gera muitas dores no corpo e alguns formigamentos, mas não de tesão.  




Minha sorte é que a descoberta da doença foi no começo, consegui tratamento e me curei, mas foi um período complicado e isso fez com que eu deixasse a escrita de lado...

Só recentemente, quando comecei a fazer terapia e fui me especializar em Cine e TV pra escrever roteiros que bateu uma pontinha de vontade de voltar com o blog e jogar os meus trabalhos na rede, deixar que eles fizessem parte da vida das pessoas e não só da minha mais. O cinema trouxe esse sentimento de volta.

É como se no meio do caos, tivesse nascido um deleite... E acho que seja isso que resta para todos em tempos de crise e com o mundo emburrecendo, talvez o que consiga motivar a nossa sobrevivência em um período de sombras seja exatamente esse deleite que você encontra no meio do caos, mesmo que vários percalços estejam soltos no caminho. Encontre o seu.















K.C

2 comentários :

  1. Como diria Nietzsche... "É preciso ter o Caos dentro de si mesmo para ser capaz de dar à luz uma estrela dançante".

    Estou realmente muito feliz e orgulhoso de ti por essa sua nova conquista, guria. Você merece. Por tudo que tem lutado.

    Muita Força!!!

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  2. Que surpresa, vc comentando aqui. Obrigada pelas palavras querido !!!!!!

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