Estou em crise, sobre as coisas, sabe, e é sério. Que madrugada! Viro de um lado para o outro e não consigo dormir. Isso é coisa que não acontecia algum tempo, embora eu seja notívaga. E nem é TPM... Pensamentos reviraram minha cabeça, de repente. Transpassaram a espuma dos travesseiros, em cinco minutos, e eu só consigo pensar em merda...
Pois é. Não consigo dormir , nem escrever, escrever sobre o quê nessa fase do ano? Natal? sobre a herança maldita da corrupção e bonequinhos no planalto caindo como a neve natalina, que não temos? Sobre paixões, amores perdidos? Não dá. Nesse horário, também não dá mais pra sair de casa direto, porque além do perigo de ser assaltada, poucas coisas estarão abertas, e se estiverem, conversar numa boa com alguém anda demodê, ou é loucura, ou estou procurando algo, paquerando , querendo ficar com alguém, e nem sempre, por qual motivo as pessoas acham que tudo gira em torno de um pintinho e uma xoxota?
Poxa, às vezes estou apenas a fim de conversar, trocar experiências e é só isso. Ah e quando você sai num bar pra ficar sozinho? Sempre tem alguém que olha com uma cara de piedade, como se você fosse a pessoa mais solitária do planeta, aliás como se ele também não fosse sozinho, só por que está numa roda de amigos. Porra! Não existe o direito de querer sair sozinho um dia, na rua, sem encontrar ninguém?
Poxa, às vezes estou apenas a fim de conversar, trocar experiências e é só isso. Ah e quando você sai num bar pra ficar sozinho? Sempre tem alguém que olha com uma cara de piedade, como se você fosse a pessoa mais solitária do planeta, aliás como se ele também não fosse sozinho, só por que está numa roda de amigos. Porra! Não existe o direito de querer sair sozinho um dia, na rua, sem encontrar ninguém?
Fora que eu não ando me cuidando como se deve, não tenho corrido a não ser de socorro, praticado algum esporte, tampouco tenho tido tempo. Hoje sou uma pessoa no fim de uma paixão e no fim de um semestre. Encontrei minha amiga Kelly na rua. Fomos conversando até em casa, “ to em crise, não to legal, ando bebendo demais”. Ela disse “escreva”, simplesmente. E aqui jaz uma crise: preciso parar de beber. Não vai me fazer bem essa porra louquice... vou morrer de cirrose e eu tenho medo de morrer... Meus amigos também bebem demais, penso neles daqui a alguns anos, piores que eu ou no mesmo patamar?- eu me indago...mas se eu parar, como vou suportar a cidade que estou morando por mais dois anos?
Nada me agrada aqui. Tenho dó, pessoas tão capazes, muitas até bacanas, duas faculdades super conhecidas, gente jovem a beça e ... que cidade mais parada e complicada! da organização aos estudantes, sim, viver no interior é enlouquecer no próprio inferno. Foi brincadeira, mas melhor eu me calar, até o humor está em crise ultimamente, vai que me processam...
Nada me agrada aqui. Tenho dó, pessoas tão capazes, muitas até bacanas, duas faculdades super conhecidas, gente jovem a beça e ... que cidade mais parada e complicada! da organização aos estudantes, sim, viver no interior é enlouquecer no próprio inferno. Foi brincadeira, mas melhor eu me calar, até o humor está em crise ultimamente, vai que me processam...
Tirando que a crise do país, ela também vai mal, muitos acham que está tudo bem, cotas e bolsas para todos, não é? Outro dia ouvi na faculdade que tudo mudou no país, nada mais precisa mudar, “ tá tudo muito bom”, disse o “grande economista”...que existem mais carros na cidade universitária, que a comida do restaurante universitário estava maravilhosa, não tinha mais crianças nas ruas, e muito pouca miséria, tudo ia bem no país, apesar da corrupção da Dilma... ouvir aquilo me preocupou, porque era, então, um intelectual. OOOHHH. Quando ele disse isso, na rodinha, todo mundo o achou um fodão. Hoje eu o acho um grande idiota , depois desses incríveis argumentos, e criei um outro medo além da minha morte: será que estou estudando pra ficar babaca assim?
E com isso veio a crise da minha profissão, é complicado viver de palavras, não importa em qual sentido. O fato é que as palavras ao outro pertence, e minha profissão ao mercado pertence, este incerto demais, só a velocidade do impostômetro a acompanha, nossos salários nunca o acompanharão, isso é um outro problema, impostômetro: o terror... supermercado também, caramba... até o preço do absorvente aumentou... chocolate, então, nem se fala.
Calma, que estresse, deve ser falta de sexo, não , não é não... sexo é bom, mas também, não dá pra sair fazendo com qualquer pessoa por ai, existe gente com uns desejos nojentos, esquisitos, dizer que estes beiram à bizarrice é ser simpática... gente maníaca, psicopata, de todo tipo. E se sua camisinha estoura, ai já tem o problema das DSTs e o perigo de mais um filho pródigo em meio a 6 bilhões... Nossa, doenças, AIDS, quanta coisa, será que a crise sou só eu? O mundo está em crise até pra trepar! Acho que começo a concordar com a velha e tão sonhada utopia que o mundo precisa de paz, minha cabeça principalmente...
Calma, que estresse, deve ser falta de sexo, não , não é não... sexo é bom, mas também, não dá pra sair fazendo com qualquer pessoa por ai, existe gente com uns desejos nojentos, esquisitos, dizer que estes beiram à bizarrice é ser simpática... gente maníaca, psicopata, de todo tipo. E se sua camisinha estoura, ai já tem o problema das DSTs e o perigo de mais um filho pródigo em meio a 6 bilhões... Nossa, doenças, AIDS, quanta coisa, será que a crise sou só eu? O mundo está em crise até pra trepar! Acho que começo a concordar com a velha e tão sonhada utopia que o mundo precisa de paz, minha cabeça principalmente...
Paz. Paz? Numa igreja? Não! Ai é que minha alma vai morrer de cirrose de vez... e do jeito que ela se encontra, nem vai querer voltar pra psicografar algo para alguém ou voltar pra pagar a conta do cartão de crédito, esquecida no final da missa ou do culto. Não adianta, Camila, assuma que você vive no inferno, conte carneirinhos, escute uma música e vá dormir... dão risada de mim de vez em quando com essas loucuras...mas...
A verdade é que além da crise, estou desacreditada demais, feito “à palo seco”, gritando desesperadamente em português. Não sei nem se em Deus acredito. Procuro- o em pedacinhos, em cada coisa e nunca o encontro, no amor... amor, sua palavra, seu gesto, de qualquer tipo, bem... às vezes tapeiam minha cara , mas eu ainda acredito nele ... e quando eu desacreditar, eu sei que vou morrer de cirrose! Só não sei onde ele está nesse tratado indeterminado que vivemos entre trânsitos, pessoas e ecos de solidão, mas a procura não cessa, mesmo que a crise continue e se...? Ah não! E se, não, chega ! Chega! Foda-se! não, não vai ter fim , nunca vai ter fim.
Talvez, eu seja estranhamente romântica, ou talvez, crise seja isso ai, tudo pode ser vários cacos nos pensamentos, confusos, complicados como cubos mágicos, mas do amor não se desiste, ele é uma locomotiva em nós mesmos pra mudar o que está desajeitado , mesmo depois do “ai se eu te pego”, mesmo sem a elegância de New York New York, mesmo sem ter a poesia de Vinícius e a sensibilidade de Chaplin nos nossos tempos modernos.
Boa noite, desligo. Cerebelo, até à próxima crise.
K.C
É. Não está fácil para ninguém mesmo. Estamos mais neuróticos e doentes. Acumulando vícios e medos. Retrocedendo em assuntos que poderiamos ter superado a muito tempo. O mais duro é quando estamos sozinhos, sem apoio, sem idéias novas, sem alguém em quem podemos contar e compartilhar idéias, para supera-las . Acredito que crises servem para isso, mostrar que algo está errado e mudar de alguma forma. Nos conformamos com a idéia de que tudo está pefeito é ilusão, utópico.
ResponderExcluirCom a superação, saimos mais fortalecidos e com força renovada.
Kelly, força na peruca minha filha. Não é a toa que você está aí S. Carlos.
Nâo desista dos seus sonhos, por mais que a realidade mostre o contrário. Quantas barreiras mais temos que passar todos os dias? Não sei, a única pessoa que pode responder isso é você.
Como você disse, crises são para rever os cacos e ver o que dá para aproveitar.
Bjos, e supera a crise menina... Estamos no mesmo barco.
A verdade é que o mundo está louco! As pessoas estão mais preocupadas em "mostrar" que o mundo está bom do que em torná-lo REALMENTE bom.
ResponderExcluirSensacional o teu texto K.C.
ResponderExcluirAcredito que muitas pessoas vão com certeza se identificar com ele.
O mundo já não é mais o mesmo, as pessoas já não sabem mais a diferença entre amor e tesão.
Fui direto pra terapia depois da minha crise. ahsuahusuahsuha
Bjo
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ResponderExcluirKellz, li seu texto e conseguia ouvir sua voz enquanto corria meus olhos nessas palavras e sentidos. Queria estar aí do seu lado te ouvindo. Com copos meio cheios ou meio vazios nas mãos. É. Crises. Se a europa está em crise, imagina nós, meros mortais. Um dia morreremos. E isso deixa todo o mundo doido. Sócrates morrendo. Vinícius morreu. Amy morreu. Nossos heróis morrendo de overdose, cirrose, álcool. Sei que eu temo um pouco a morte, mas se eu morrer, que seja me derretendo no álcool. Mas que seja depois dos 60. Depois de ter publicado muitos livros, dado muitas palestras, muitos autógrafos. Pensar na morte nos deixa em crise, mas são nesses momentos limítrofes de crise que saem os melhores textos. Porque as palavras saem mais sinceras. Sim. Nós, escritores, precisamos viver intensamente nossas crises. Para sermos mais sinceros. Na palavra e no coração. Te adoro Kellz, e nunca desista do amor. Porque o amor, a morte, são elementos básicos para nossa vida.
ResponderExcluirCada dia o mundo fica pior.. pessoas entram em crises, hj em dia isso é normal. bjs. melhoras.
ResponderExcluirhttp://coposcheiosdevodkaerocknroll.blogspot.com/
calma garota, as coisas de ajeitam
ResponderExcluir"O mundo está em crise até pra trepar!" hahahahahahaha.Impressionante a capacidade que você tem de sentir, provavelmente crises suas, e sociais, e a dos outros, eu me identifiquei, mais uma vez com suas palavras bem escritas, me sinto asssim quando estou num bar sozinho E QUERO ir e estar sozinho, parece que as pessoas curtem cuidar da vida da outra de maneira hipocrita, pois bem, embora não tenhamos mais a sensibilidade de vinicius bom saber que tem pessoas que propagam-a ao seu próprio jeito de ser.
ResponderExcluirCrônica Profunda.Parabéns pela profundidade.
Genial, são tantas as nossas crises, são antas as que me identifiquei que quando cheguei no final do post pensei "acabou?".
ResponderExcluirMuito bom.
adorei seu blog
ResponderExcluirte seguindo
http://pstrawberrymake.blogspot.com/
Camila, concordo com seu alter-ego e amiga Kelly: continue escrevendo.
ResponderExcluirNão sei se aliviará suas crises, mas suas palavras continuarão ecoando na alma dos seus leitores, angustiados e ansiosos pelo novo post.
MA-RA-VI-LHO-SA CRÔNICA! Verdadeira, muito realista atual, ativa os sentimentos da gente.
ResponderExcluirFeliz natal, Kelly. Tomara que seu blog continue com a mesma qualidade, ano que vem.
É Camila... Você vive no inferno, sem Deus, sem Zeus, sem nada.
ResponderExcluirA crise é parte do aprendizado, senão da vida, senão do tempo.
Não interessa a crise, não interessa o que se passa, interessa sim, como se sai dela, e o que se aprendeu.
Não espero que continue assim, espero que melhore, não que seus textos sejam ruins, pelo contrário, são extraordinários. Mas mudar e melhorar não é sempre bom? ;)
Olá :)
ResponderExcluirMesmo, que crise é essa?
Economica, pessoal, familiar... A verdade é que o mundo e todos estamos passando por ela... E para sobreviver a tudo isso, pois é temos mesmo que ser "supers" hehehe
Beijinhos
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www.jehjeh.com