Infelizmente, o mundo não acabou
em 2012. Ah, que peninha, sempre achei que deveria, depois da retrospectiva do
Facebook e depois que, no último post do ano, a Kelly resolveu não encarnar
nenhum personagem a não ser ela mesma.
As pessoas andam reclamando por ai da tal
retrospectiva no Face, e também da mania que a grande rede social criou de perguntar como vão as pessoas, como elas se sentem , etc. Não acho isso um
saco, como também ouvi e li no feed de notícias , não
mesmo, o Facebook nada mais é que um reflexo da vaidade das pessoas- fica
tranquilo, também me incluo nessa parte. É um reflexo também de egocentrismo e
cabeça vazia de outras.
O que elas mais postam? amiguismos, como foi o dia, pseudo reflexões político-filosóficas - existe tanto homem feminista por ai e eu nem sabia...- pra meia dúzia de pessoas, imagens de elfos sem sentido, demonstrações colegiais de afeto nos perfis dos respectivos companheiros, ficantes e/ou namorados, óbvio que uma empresa como o Facebook tentaria atingi-las, de algum jeito, se não, não seria uma rede lucrativa.
O que elas mais postam? amiguismos, como foi o dia, pseudo reflexões político-filosóficas - existe tanto homem feminista por ai e eu nem sabia...- pra meia dúzia de pessoas, imagens de elfos sem sentido, demonstrações colegiais de afeto nos perfis dos respectivos companheiros, ficantes e/ou namorados, óbvio que uma empresa como o Facebook tentaria atingi-las, de algum jeito, se não, não seria uma rede lucrativa.
Em relação à retrospectiva, também no Face, eu concordo com as pessoas que reclamaram, qualé? Aliás, sou contra qualquer tipo de retrospectiva. E se, de repente , eu não quero lembrar dos meus principais momentos anuais, por mais bacanas que eles tenham sido? São passados. Passados não se apagam, e nem sempre precisam ser relembrados, porque eles vivem no nosso oculto. Durante um ano acontece muita coisa. Não digo tropeços e fracassos, conquistas e etc: acontecem coisas, coisinhas, coisonas, grandes coisas, ou apenas muitas coisas que coisam.
Falar em tropeços, fracassos e vitórias anuais é auto-ajudador demais e se é isso que você precisava ler, adeus, entrou no blog errado, o pequenos deleites não acredita nisso. Às vezes o seu ano foi bacana, às vezes foi um saco, mas como esconderijo para não entender que foi ruim e ponto costumam dizer “ foi um ano de muitos tropeços, mas eu levantei, regozijei e aprendi.”.
Não acredito que a vida é feita de fracassos, que aprendemos com eles, tropeços e que uma hora dá pra se reerguer, isso é muito pouco para chamar de vida. Resumir a vida a fracassar e se reerguer, ou em balanceamentos anuais, além de uma grande bobagem cafona, é um papo de auto-ajuda pra anestesiar nossas próprias tentativas e consequências que há na vida, como se fossemos bem resolvidos, e se assim fossemos dignos de ser chamados, muitas coisas não seriam esquizofrênicas como vemos no cotidiano e amar não seria uma dúvida aos nossos olhos.
Na vida, tentam-se coisas.
Algumas dão certo, outras dão errado e todo ano é assim. O que muda não é o
aprendizado, o que muda são as formas de como se tenta e já que isso é um
grande vácuo, nunca se sabe o que irá acontecer...
Você pode tentar construir uma
casa anos e ela demolir no dia seguinte. Pode experimentar um alucinógeno e não
achar tão engraçado assim. Pode experimentar, e, de repente, achar legal. Pode encontrar
um grande amor num aeroporto, e ele simplesmente ter ido embora depois de uma
noite. Pode tentar ser cristão e não ver a mínima “graça” nisso. Pode tentar
ser, e encontrar um Deus.
Pode tentar defender alguém no meio de uma briga, e ganhar um grande amigo ou, de repente, tomar um tiro. Pode ficar milionário, gastar tudo numa noite, perder tudo...Pode fazer amigos uns meses e eles partirem para outros, depois. Pode tentar dizer o quanto você gosta de uma pessoa e não encontrar um jeito, acho que isso é o que mais acontece...Pode tentar N vírgulas e encontrar muitas outras, afinal esse é um dos sentidos da linguagem.
Pode tentar defender alguém no meio de uma briga, e ganhar um grande amigo ou, de repente, tomar um tiro. Pode ficar milionário, gastar tudo numa noite, perder tudo...Pode fazer amigos uns meses e eles partirem para outros, depois. Pode tentar dizer o quanto você gosta de uma pessoa e não encontrar um jeito, acho que isso é o que mais acontece...Pode tentar N vírgulas e encontrar muitas outras, afinal esse é um dos sentidos da linguagem.
Isso não acontece por motivação,
força, superioridade humana, “capacidade
que temos de lutar”, nada disso. A vida está em movimento e não podemos controlá-la.
O que se faz nela é tentar procurar e procurar tentar, “ like a rolling stone”,
como canta aquele senhorzinho que já está bem caquético, como é o nome dele mesmo?
Ah Bob Dylan, grande Bob Dylan...
Tentar é sinal de que simplesmente se viveu e vivemos nos
limites da vontade de sermos nós mesmos.
Um feliz ano novo cheio de sexo e sem auto-ajuda para QUASE todos.
K.C
Muito bom, bacana a forma que você conduz o texto.Felia ano novo, jovem escritora.
ResponderExcluirfeliz ano novo, marcelo ;)
ExcluirQue texto mais delicioso. Parabéns.
ResponderExcluirobrigada :)
ExcluirSabe,vc foi minha auto-ajuda por mais q você odeie isso vc foi... Somos como somos não?
ResponderExcluirrsrs é trágico ouvir isso, e ao mesmo tempo compreensível. Abraço, Matheus.
ExcluirO melhor texto que li sobre retrospectivas!!!feliz ano novo e parabéns pelo conteúdo do blog e o visual lindão como sempre.
ResponderExcluirobrigada, pra vc tbm :)
Excluirotimo texto, com palavras e sentimentos
ResponderExcluirobrigada.
ExcluirCombinar sentimentos e palavras sempre me comovem.
ResponderExcluirobrigada :)
ExcluirVocê é engraçada até quando escreve sério, isso é bom, não deixa de refletir o mundo por causa do humor.
ResponderExcluirrs eu já ouvi isso, às vezes dizem.
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